"Boys II Planet" Sob Forte Crítica Por Suposto Tratamento Xenofóbico a Trainee Chinês
O reality show de sobrevivência de idols K-Pop da Mnet, Boys II Planet, está enfrentando uma enorme onda de críticas globais depois que alguns participantes e mentores foram flagrados tratando um trainee chinês de forma dura em um clipe que viralizou.

O que aconteceu no episódio?
O clipe é um preview do próximo episódio do programa, onde He Zhongxing, trainee chinês, foi ridicularizado por não falar coreano.

Um colega trainee quase o repreendeu, dizendo: “Mesmo que você não saiba coreano, não deveria pelo menos fingir que está ouvindo?”

Na cena seguinte, um mentor vocal repreendeu Zhongxing quando ele apenas assentiu a uma pergunta, dizendo: “Você disse ‘sim’. Você deveria dizer ‘네’.” Outro mentor, visivelmente irritado, pediu para ele sair.


Reação global e polêmica
O clipe já ultrapassou 6,6 milhões de visualizações no X (antigo Twitter), gerando uma revolta explosiva dos espectadores. Muitos acharam injusto o tratamento dado a Zhongxing, já que ele havia se inscrito para o Planet C, que explicava sua falta de fluência em coreano. O Planet C deveria apresentar trainees que falassem principalmente chinês e formar um grupo masculino chinês separado. Porém, a Mnet decidiu juntar os trainees do Planet C e do Planet K para debutar um único grupo coreano.
he joined the show to debut in a chinese group and now they're yelling at him for not knowing korean https://t.co/9iJ9nVJnSz
— 😵💫 (@firsthookys)
de julho de 2025
getting mad at c traines for not being fluent in korean when they originally signed up to debut in a chinese group is so unsettling https://t.co/teTB8yZVqO
— rua (@hanwenie)
de julho de 2025
imagine bringing chinese trainees to the show for a china-based group then changing the show's format and bullying them for not knowing korean. make it make sense https://t.co/zjBjd0RhCW
— 👩🏼🦳 (@anxinanti)
de julho de 2025
Espectadores globais ficaram chocados com o tratamento dado a Zhongxing no clipe viral e acusaram o programa de xenofobia.
I’m sorry but the “you have to say ‘네‘” is rlly pissing me off like how can you expect a foreigner that doesn’t speak your language to keep up with Korean formalities. Convinced Koreans do it to feel superior cuz why are you acting like this is the military https://t.co/RlWPYRNUzb
— Download Honest by Key on iTunes 🩵 (@TakeOnKey)
de julho de 2025
Never beating the allegation for being Fking white people of Asia. Why do some Koreans always act like they are superior? Broadcasting Rasicts and xenophobic shit but no one is questioning it? https://t.co/CaN5b6RASp
— Namjoon⁷SexyBrainandThighs (@dfvwfsefsd)
de julho de 2025
whoever said "koreans are the white people of east asia" was right https://t.co/NUwZqDQJI1
— beexie¹²⁷ (@beebookwan)
de julho de 2025
ok i’m glad i wasn’t the only person that felt this was extremely sinophobic because how are you gonna yell at someone who joined C to debut in a C group for not knowing korean after you fucked up the format of the entire show. https://t.co/oo7c5DraaJ
— ⭐️ (@iwentclubbing)
de julho de 2025
Opinião dos internautas coreanos
Por outro lado, internautas coreanos acharam que a reação negativa foi exagerada.


“Eles estavam falando sobre a atitude dele.”
“É verdade — se um coreano tentasse um emprego no exterior e dissesse numa entrevista ‘Eu não sei nada do idioma local’, teria a mesma reação.”
“Eles estão apontando a atitude dele. Por que as pessoas estão reagindo assim? Especialmente porque quem falou isso também é estrangeiro.”
Fonte: Instiz
Contexto cultural e desafios da diversidade no K-Pop
Esse episódio levanta uma questão importante sobre a diversidade cultural dentro da indústria do K-Pop, que tem se tornado cada vez mais global. Embora o gênero tenha conquistado fãs no mundo todo, a integração de trainees estrangeiros ainda enfrenta barreiras significativas, principalmente no que diz respeito à língua e às expectativas culturais.
É comum que trainees internacionais, especialmente aqueles que não dominam o coreano, enfrentem dificuldades para se adaptar ao ambiente altamente competitivo e rigoroso dos programas de sobrevivência. No entanto, a pressão para se encaixar em padrões culturais específicos pode gerar situações desconfortáveis, como a que vimos com He Zhongxing.
Além disso, a decisão da Mnet de unificar os trainees do Planet C e Planet K em um único grupo coreano, ao invés de formar um grupo chinês separado, surpreendeu muitos fãs e especialistas. Essa mudança não só alterou as expectativas dos participantes, mas também criou um cenário onde a fluência em coreano passou a ser um requisito ainda mais rígido, mesmo para aqueles que originalmente se inscreveram para um projeto diferente.
Casos semelhantes na indústria e repercussões
Não é a primeira vez que trainees estrangeiros enfrentam críticas por barreiras linguísticas ou culturais no K-Pop. Em programas anteriores, como Produce 101 e Mix Nine, houve relatos de trainees internacionais que passaram por situações semelhantes, onde a falta de fluência no coreano foi motivo de repreensão ou exclusão.
Por exemplo, o trainee japonês Yamada Ryosuke, em Produce 101 Japan, comentou publicamente sobre a dificuldade de aprender coreano para se destacar, e como isso afetava sua confiança. Já no Kingdom: Legendary War, alguns participantes estrangeiros mencionaram a pressão para se adaptar rapidamente às normas coreanas, o que gerou debates sobre a necessidade de maior suporte linguístico e cultural.
Esses casos mostram que, apesar do crescimento internacional do K-Pop, ainda há um longo caminho para que a indústria se torne verdadeiramente inclusiva e acolhedora para talentos de diferentes origens.
O papel das redes sociais e a voz dos fãs
As redes sociais têm sido palco fundamental para que fãs expressem suas opiniões e pressionem por mudanças. No caso de Boys II Planet, a viralização do clipe e as críticas massivas no X (antigo Twitter) evidenciam como a comunidade global está atenta e disposta a cobrar respeito e empatia.
Além disso, muitos fãs têm usado hashtags e campanhas para apoiar He Zhongxing e outros trainees estrangeiros, pedindo que a Mnet e outras agências repensem suas abordagens e ofereçam ambientes mais inclusivos. Essa mobilização também tem gerado discussões sobre a responsabilidade das emissoras e produtores em educar mentores e participantes para lidar com a diversidade cultural de forma mais sensível.
Por outro lado, a reação dos internautas coreanos, que em sua maioria consideram a situação exagerada, mostra um choque cultural que ainda precisa ser superado. Essa divergência de perspectivas entre fãs internacionais e locais reforça a complexidade do tema e a necessidade de diálogo aberto.
Possíveis impactos para o futuro do programa
Com a repercussão negativa, a Mnet pode enfrentar pressão para ajustar o formato do programa e a forma como os trainees estrangeiros são tratados. Isso pode incluir desde treinamentos culturais para mentores até mudanças na estrutura dos grupos formados.
Além disso, a situação pode influenciar a decisão de futuros trainees internacionais em participar de programas coreanos, já que o medo de discriminação ou tratamento injusto pode desestimular talentos promissores.
Vale lembrar que a indústria do K-Pop está em constante evolução, e a globalização exige que as empresas se adaptem para manter sua relevância e atrair diversidade. Como fãs, é importante acompanhar essas mudanças e continuar debatendo para que o cenário seja cada vez mais inclusivo.

O que esperar dos próximos episódios?
Com a polêmica em alta, os próximos episódios de Boys II Planet prometem ser observados com ainda mais atenção. Será interessante ver se a produção abordará o tema da diversidade e do respeito cultural de forma mais clara, ou se continuará a reproduzir situações que geram desconforto entre os espectadores.
Além disso, o desempenho e a evolução de He Zhongxing e dos demais trainees estrangeiros podem ganhar um novo significado, servindo como um termômetro para a aceitação e integração desses talentos no mercado coreano.
Enquanto isso, a comunidade otaku e k-popper segue dividida, debatendo os limites entre disciplina, cultura e respeito, e torcendo para que o futuro do programa seja mais justo para todos os participantes.
Com informações do: Koreaboo