“Em um macacão justo, posando de forma sexualizada…”
O look de Yoonchae, do KATSEYE, em um vídeo recente está gerando muita polêmica.
Yoonchae do KATSEYE | @katseyeworld/Instagram
Desde a estreia, internautas têm levantado preocupações sobre o estilo de Yoonchae, que ainda é menor de idade, especialmente em relação à coreografia, e isso aumentou ainda mais após o lançamento da faixa “Gabriella”.
Para celebrar o Halloween, o KATSEYE lançou um vídeo especial para “Gabriella”, inspirado em diferentes versões de Mariah Carey, ligado à entrevista no VMAs.
Yoonchae incorporou seu lado “Natal” com um macacão vermelho justo.
[Vídeo não pôde ser exibido]
Depois, Yoonchae apareceu usando a mesma roupa que os demais membros: uma blusa arco-íris e shorts.
[Vídeo não pôde ser exibido]
[Vídeo não pôde ser exibido]
Após a publicação do vídeo, um internauta compartilhou no Reddit uma postagem sobre a hipersexualização do grupo, destacando especialmente o estilo de Yoonchae tanto no macacão quanto nos shorts.
/">A Hipersexualização do KATSEYE Está Ficando Ridícula... por u/Queen_Magix em kpopnoir
O vídeo que eles lançaram hoje foi ridículo. Mais uma vez, Yoonchae está em um macacão justo posando de forma sexualizada, mais uma vez todos os membros estão usando shorts curtos (incluindo Yoonchae) e mais uma vez parece que a HYBE não confia que o KATSEYE possa ter uma base de fãs orgânica por causa da música, e ao invés disso, aposta na “sensualidade” para chamar atenção, como um pai que balança chaves na frente do bebê para manter o foco.
Os internautas concordaram que alguém precisava chamar atenção para isso, explicando que só porque Yoonchae está quase com 18 anos, não significa que a empresa deva imediatamente começar a vesti-la com roupas mais reveladoras.
Esse debate já acontece desde a estreia do KATSEYE.
O Contexto da Sexualização no K-Pop
Não é novidade para ninguém que o K-Pop, como indústria, frequentemente caminha na linha tênue entre a expressão artística e a sexualização dos idols, especialmente quando se trata de grupos femininos. A pressão para se destacar em um mercado saturado faz com que agências e produtores apostem em conceitos que chamem atenção, muitas vezes explorando a sensualidade como ferramenta de marketing.
No caso do KATSEYE, a situação é ainda mais delicada por envolver uma integrante que ainda não completou 18 anos. Isso levanta questões éticas sobre até que ponto é aceitável expor jovens artistas a esse tipo de imagem, e se a empresa está realmente preocupada com o bem-estar delas ou apenas com o retorno financeiro.
Vale lembrar que outras agências já enfrentaram críticas semelhantes. Por exemplo, o grupo BLACKPINK passou por debates intensos sobre seus conceitos visuais e coreografias, que alguns fãs consideram sexualizados demais para a idade das integrantes. A diferença é que, no caso do KATSEYE, a discussão ganhou ainda mais força por conta da idade de Yoonchae.
Reações da Indústria e dos Fãs
Enquanto alguns fãs defendem que a sexualidade é uma forma legítima de expressão artística e que Yoonchae está apenas crescendo e se afirmando como artista, outros pedem mais responsabilidade por parte da HYBE, a agência responsável pelo grupo.
Nas redes sociais, é comum ver debates acalorados entre esses dois grupos. Alguns fãs argumentam que a hipersexualização pode prejudicar a imagem do grupo a longo prazo, afastando públicos mais jovens e familiares, enquanto outros acreditam que o conceito atual é apenas uma fase natural da evolução do grupo.
Além disso, especialistas em cultura pop e direitos das crianças também têm se manifestado, destacando a importância de proteger jovens artistas de pressões que podem afetar sua saúde mental e física. A discussão sobre a sexualização no K-Pop não é nova, mas casos como o de Yoonchae reacendem o debate sobre limites e ética.
Exemplos de Outros Grupos e Como Lidaram com a Sexualização
Para entender melhor o cenário, podemos olhar para outros grupos que passaram por situações semelhantes:
TWICE: No início da carreira, o grupo adotou um conceito mais inocente e fofo, mas com o tempo, algumas músicas e performances ganharam um tom mais maduro, sem, no entanto, ultrapassar limites que gerassem polêmica sobre a idade das integrantes.
ITZY: Conhecidas por sua atitude confiante e empoderada, as integrantes mantêm um equilíbrio entre sensualidade e uma imagem jovem, o que tem sido elogiado por muitos fãs.
Red Velvet: O grupo alterna entre conceitos mais doces e outros mais ousados, mas sempre com cuidado para não expor as integrantes a situações desconfortáveis, especialmente as mais jovens.
Esses exemplos mostram que é possível explorar diferentes conceitos sem necessariamente apelar para a hipersexualização, especialmente quando se trata de artistas menores de idade.
O Papel das Agências e a Responsabilidade Social
As agências de K-Pop têm um papel fundamental na construção da imagem dos grupos e na proteção dos seus membros. Com o aumento da conscientização sobre saúde mental e direitos dos artistas, muitas empresas começaram a repensar suas estratégias para evitar controvérsias que possam prejudicar a carreira dos idols.
No entanto, ainda há um longo caminho a percorrer. A pressão por resultados rápidos e a competição acirrada no mercado muitas vezes levam a decisões que priorizam o impacto visual imediato em detrimento do bem-estar dos artistas.
Para Yoonchae e o KATSEYE, fica o desafio de encontrar um equilíbrio entre inovação artística e respeito à idade e maturidade dos membros, algo que certamente será acompanhado de perto pelos fãs e pela mídia.
Discussões Paralelas: Cultura, Gênero e Expectativas
Outro ponto importante que surge nesse debate é a influência da cultura sul-coreana e as expectativas sociais em relação às mulheres jovens na indústria do entretenimento. A sexualização precoce pode refletir padrões culturais que ainda precisam ser questionados e transformados.
Além disso, a reação dos fãs internacionais, que muitas vezes têm perspectivas diferentes sobre o que é aceitável, adiciona uma camada extra de complexidade. O que pode ser visto como empoderamento em um país, pode ser interpretado como exploração em outro.
Essas discussões mostram como o K-Pop é um fenômeno global que precisa lidar com múltiplas realidades e sensibilidades, tornando o papel das agências ainda mais desafiador.
Komuro é redator da Central Otaku, onde compartilha sua paixão por animes, mangás, games e tudo que envolve a cultura pop japonesa. Com uma escrita direta, informativa e cheia de personalidade, Komuro busca não apenas informar, mas também conectar fãs ao que há de mais relevante no universo otaku. Seu olhar atento às tendências e sua dedicação em produzir conteúdos de qualidade fazem dele uma voz ativa e respeitada na comunidade.
Este site utiliza cookies para melhorar sua experiência de navegação. Ao continuar usando este site, você concorda com o uso de cookies conforme nossa Política de Privacidade.