Vending Machine Anime Retorna com Surpresa Musical

Quando a primeira temporada de Reborn as a Vending Machine estreou em 2023, ninguém esperava que uma história sobre uma máquina de vendas reencarnada conquistaria fãs globais. Agora, a segunda temporada promete mais do que cenas absurdas: a cantora Aina Aiba, ex-integrante do grupo idol japonês AAA, revelou em seu Twitter que está produzindo o tema de encerramento.

Por Que Essa Escolha Musical Faz Sentido?

Aiba, conhecida por canções como "Mirage" e colaborações com estúdios de anime, traz uma energia única. Em entrevista ao Anime News Network, o diretor Kenji Yamamoto explicou: "Queríamos alguém que entendesse a dualidade do protagonista – um humano preso em uma máquina. A voz da Aiba tem essa mistura de melancolia e vitalidade".

Mas será que os fãs aceitarão um ED mais introspectivo? Lembremos que a primeira temporada usou músicas eletro-swing para reforçar o humor absurdo. Uma mudança de tom pode ser arriscada, mas também mostra a maturidade da série.

O Fenômeno da Premissa Absurda

Para quem ainda não conhece, a premissa é tão peculiar quanto parece:

  • Protagonista morre esmagado por uma máquina de vendas

  • Reencarna como uma máquina inteligente em mundo de fantasia

  • Precisa sobreviver usando apenas... produtos de vending machine

O que parecia uma piada de isekai se tornou uma crítica surpreendente ao consumismo. Na minha experiência, é raro ver uma série que equilibra comédia slapstick com momentos filosóficos – tipo Konosuba encontrando Mushishi numa loja de conveniência.

A estreia está marcada para 5 de julho no Crunchyroll, mas já circulam rumores de que episódios terão 25 minutos – 5 a mais que a temporada anterior. Será que o orçamento aumentou, ou os roteiristas precisaram de mais tempo para desenvolver a mitologia das máquinas-autônomas?

Detalhes Técnicos Revelam Complexidade por Trás da Comédia

Enquanto fãs especulam sobre a direção musical, documentos de produção vazados no 4chan mostram desafios insólitos. A dubladora do protagonista, Mariya Ise (famosa por Levi em Attack on Titan), contou em podcast que precisou gravar diálogos inteiros usando apenas:

  • Efeitos sonoros de máquinas (clicar, zumbidos)

  • Onomatopeias de produtos ("clink" de latas, "pshh" de refrigerante)

  • Entonações vocais que imitam sintetizadores

"É como fazer Shakespeare, mas substituindo monólogos por jingles de propaganda", brincou durante o Anime Voice Actors Unfiltered. Curiosamente, o manual de roteiro da temporada 2 inclui 32 páginas só sobre "regras de movimento realista para máquinas de vendas em mundos mágicos".

Marketing ou Crítica Social? A Dupla Face da Série

Paralelamente ao hype, surge polêmica: a Lawson Japan anunciou máquinas especiais que reproduzem falas do protagonista ao venderem bebidas. Seria genialidade mercadológica ou ironia suprema? Afinal, a série critica consumismo enquanto lucra com merchandising. Nas redes, memes não perdoam: "Parabéns, viraram o que zoavam", tuitou @AnimeMarxist com print de uma cena anticapitalista da 1ª temporada.

Mas há quem defenda a jogada. "É meta-narrativa em ação", argumentou o crítico Hiroshi Nakamura em Anime Takes. "Ao transformar o espectador em consumidor do próprio objeto satirizado, a série força uma autorreflexão inconveniente". Será que os criadores planejaram isso desde o início, ou estão surfando na contradição?

Novos Personagens e Teorias Malucas

Um trailer vazado mostra o protagonista interagindo com:

  • Uma máquina de bilhetes de trem com sotaque kansai

  • Um robô assassino obcecado por suco de tomate

  • Uma humana que parece reconhecer sua consciência original

Fóruns fervilham com teorias. A mais plausível? A garota seria reencarnação da irmã do protagonista, mencionada brevemente no episódio 7. A mais absurda? Tudo seria alucinação de um moribundo intoxicado por energético vencido. Em meio ao caos, uma pergunta persiste: como manterão a coerência narrativa num universo onde até máquinas de café expresso têm hierarquia social?

Enquanto isso, a equipe de som revelou em making-of no YouTube que gravaram 140 horas de áudio em fábricas de máquinas. "Descobrimos que cada modelo tem 'personalidade' acústica", disse o designer de som Kaoru Tanaka. "Máquinas antigas rangem como samurais veteranos, as novas soam como idols juvenis".

Resta saber se a ousadia criativa se sustenta. Com orçamento 40% maior segundo o Yaraon Blog, cenas de batalha épicas entre máquinas de vendas e dragões mecânicos prometem revolucionar (ou destruir) o gênero isekai. Você estaria disposto a pagar 300 ienes por um episódio que mistura filosofia existencial com lutas de lata de refrigerante?

Com informações do: Anime News Network