Você já imaginou receber uma maldição que te dá apenas um ano de vida? É exatamente isso que acontece com Meg Raspberry, a protagonista do anime Once Upon a Witch's Death. Sempre alegre e extrovertida, Meg vive com sua guardiã poderosa, a bruxa Faust, e seus adoráveis animais familiares em uma cidadezinha encantadora. Prestes a completar 17 anos, ela parece ter um futuro brilhante pela frente — até descobrir a terrível verdade sobre sua maldição.

Uma maldição que muda tudo

Se você já assistiu O Serviço de Entregas da Kiki, sabe que a jovem bruxa Kiki saiu de casa aos 13 anos para se virar sozinha. Mas Meg Raspberry tem um desafio muito mais sombrio. No seu aniversário de 17 anos, Faust revela que Meg tem apenas mais um ano de vida por causa de uma maldição mágica. O que torna tudo ainda mais tenso é que o anime termina em um cliffhanger, sem confirmação de continuação, deixando os fãs na expectativa. Enquanto isso, os light novels originais de Saka e o mangá estão sendo traduzidos para o inglês.

O desafio de Meg: colecionar lágrimas de alegria

Meg precisa coletar mil lágrimas de alegria das pessoas que encontrar durante o ano para criar uma "semente da vida" e escapar da maldição fatal. Parece impossível para uma garota que prefere brincar e provocar seus amigos e familiares mágicos do que levar as coisas a sério. Mas é justamente essa jornada de crescimento que torna a história tão cativante.

Tom leve, mas com momentos profundos

Apesar da situação dramática, o anime mantém um tom alegre e cheio de piadas. Meg pode até lamentar sua sorte, mas logo se distrai com amigos, comida ou ajudando os outros. No primeiro episódio, ela ajuda um pai e sua filha a lidarem com a perda recente, resultando em uma cena mágica e emocionante em um cemitério — e duas lágrimas de alegria engarrafadas que dão esperança para sua sobrevivência.

O cenário lembra uma Inglaterra fantástica, com casas em estilo Tudor e uma cidade chamada Lapis, que pode ser uma espécie de irmã de Koriko, de Kiki's Delivery Service.

Personagens e desenvolvimento

Meg é uma protagonista cheia de energia, dublada pela Yoshino Aoyama (a Bocchi de Bocchi the Rock!). Ela é extrovertida, engraçada e às vezes irritante, especialmente quando fala com suas amigas como se fosse um homem mais velho estranho, pedindo para se casarem com ela. Isso pode parecer um pouco forçado ou até desconfortável para alguns, mas não é o foco principal da série.

Os primeiros episódios podem parecer meio arrastados, com um slice-of-life que não prende tanto, mas a partir do quinto episódio a história ganha ritmo. Meg começa a espalhar alegria pela cidade, enfrenta desafios reais e aprende o verdadeiro significado de ajudar os outros, mesmo quando é punida por sua arrogância.

O anime também não tem medo de mostrar situações mais sombrias, como transformações monstruosas, testes em animais e até segredos macabros envolvendo sacrifícios humanos. Esses elementos dão um tom mais adulto e complexo à trama, que se passa em um mundo moderno, mas com toques fantásticos.

Outros personagens e ambientação

Além de Meg e Faust, a poderosa guardiã que equilibra severidade e carinho, temos Sophie, uma garota misteriosa com olhos vermelhos e um passado solitário, e Inori, uma professora sábia com um problema de higiene que tira um pouco da autoridade dela. Também aparece uma criança irritante que se revela mais do que aparenta. A dublagem de Faust por Yoshiko Sakakibara, veterana em papéis icônicos, é um destaque à parte.

A ambientação britânica é um charme à parte, com casas de madeira e até uma visita a uma Veneza disfarçada. Apesar de algumas partes do mundo mágico parecerem genéricas, há momentos fortes e emocionantes, como a expressão do pai viúvo, a fuga de Meg entre fogos de artifício e um abraço final cheio de significado.

Se você curte histórias de bruxas com um toque de drama, magia e um pouco de mistério, Once Upon a Witch's Death pode ser uma surpresa interessante, mesmo com seus altos e baixos.

O papel da magia e suas regras

Um dos aspectos mais interessantes de Once Upon a Witch's Death é como a magia é apresentada com regras claras e consequências reais. Diferente de animes onde a magia é um recurso ilimitado, aqui ela tem um custo e um limite, o que aumenta a tensão da narrativa. A maldição de Meg, por exemplo, não é apenas um plot device dramático, mas um mecanismo que obriga a protagonista a crescer e se conectar com as pessoas ao seu redor.

Além disso, a relação entre Meg e Faust mostra diferentes abordagens sobre o uso da magia: Faust é rígida e pragmática, enquanto Meg é impulsiva e emocional. Essa dinâmica cria momentos de conflito e aprendizado, que enriquecem o desenvolvimento dos personagens.

Temas que ressoam com o público jovem

Embora a premissa pareça sombria, o anime aborda temas universais que tocam o coração dos fãs, especialmente adolescentes. A luta contra o tempo, o medo da perda, a busca por significado e a importância das conexões humanas são explorados com sensibilidade. Meg, mesmo com sua personalidade extrovertida, enfrenta dúvidas e inseguranças que muitos jovens reconhecem.

Um exemplo marcante é a forma como o anime trata a amizade e o apoio mútuo. Em vários episódios, vemos Meg ajudando pessoas que também enfrentam seus próprios desafios, mostrando que a alegria pode ser encontrada mesmo em momentos difíceis. Essa mensagem positiva é um dos pontos fortes da série.

Estilo visual e trilha sonora

Visualmente, o anime aposta em uma paleta de cores suaves e detalhes que remetem a um conto de fadas moderno. A animação é fluida, especialmente nas cenas que envolvem magia e transformação, criando um contraste interessante com os momentos mais calmos do dia a dia. A ambientação britânica é reforçada por elementos arquitetônicos e figurinos que ajudam a construir um universo crível e encantador.

A trilha sonora merece destaque, com composições que variam entre melodias leves e temas mais dramáticos, acompanhando o ritmo emocional da história. A abertura e o encerramento trazem músicas que combinam com o tom da série, ajudando a criar uma identidade sonora que fica na cabeça do espectador.

Comparações e influências

Para quem gosta de animes com protagonistas femininas fortes e histórias que misturam fantasia com drama, Once Upon a Witch's Death pode lembrar obras como Made in Abyss ou Puella Magi Madoka Magica, embora com um tom menos sombrio e mais leve. A influência de Kiki's Delivery Service é clara, mas a série se distancia ao explorar temas mais adultos e uma narrativa menos linear.

Além disso, a série dialoga com o público que aprecia narrativas que não têm medo de mostrar as imperfeições dos personagens, suas falhas e crescimento gradual. Isso cria uma conexão mais profunda, pois Meg não é uma heroína perfeita, mas alguém que aprende com seus erros.

Expectativas para o futuro da série

Com o anime deixando um cliffhanger no ar, os fãs estão ansiosos por uma continuação que possa explorar mais a fundo o universo mágico e os mistérios que cercam a maldição de Meg. A adaptação dos light novels e do mangá pode trazer respostas e expandir a história, especialmente sobre a origem da maldição e o papel de outros personagens enigmáticos.

Enquanto isso, a comunidade otaku tem criado teorias e fanarts que ajudam a manter a chama acesa. É interessante acompanhar como a série pode evoluir, seja em novas temporadas, OVAs ou até mesmo adaptações em outras mídias.

Curiosidades para os fãs

  • Yoshino Aoyama, a dubladora de Meg, é conhecida por sua versatilidade e já participou de vários animes populares, o que traz um charme especial para a personagem.

  • A ambientação britânica é inspirada em cidades reais, com referências a locais históricos e culturais que fãs mais atentos podem reconhecer.

  • O conceito de coletar lágrimas de alegria é uma metáfora poderosa para a importância das emoções positivas, algo que ressoa especialmente em tempos difíceis.

  • Alguns episódios apresentam easter eggs que remetem a outras obras de fantasia, criando uma camada extra de diversão para quem gosta de caçar referências.

Se você ainda não conferiu Once Upon a Witch's Death, vale a pena dar uma chance para essa mistura de magia, drama e humor que pode surpreender. E para quem já assistiu, fica o convite para ficar de olho nas novidades e continuar explorando esse universo encantador e cheio de mistérios.

Com informações do: Anime News Network