Por Que o Silêncio na Despedida da TRI.BE Mexe Tanto com os Fãs de K-Pop?
O Impacto das Redes Sociais no Fim Silencioso da TRI.BE
Se você é fã de K-Pop, sabe que as redes sociais são o palco onde os grupos brilham além dos palcos. Atualizações, bastidores, momentos pessoais — tudo compartilhado para manter a conexão viva com os fãs. Mas e quando esse palco digital simplesmente apaga tudo, sem aviso? Foi exatamente isso que aconteceu com a TRI.BE, um girl group que conquistou muitos corações, mas que agora parece ter desaparecido em um silêncio perturbador.
Logo no início do ano, rumores começaram a circular sobre a possível falência da TR Entertainment, a agência por trás da TRI.BE. A notícia já deixou os fãs em alerta, mas o que realmente acendeu o sinal vermelho foi o fim do Bubble do grupo em 30 de maio, uma plataforma essencial para a interação direta com os fãs.

TRI.BE | TR Entertainment
Apagando Rastros: O Que as Mudanças nas Contas Revelam?
Enquanto os fãs aguardavam qualquer notícia oficial, algo estranho começou a acontecer nas redes sociais da TRI.BE. As postagens foram apagadas, o número de seguidores que o grupo seguia caiu para zero, e o nome da conta no Instagram mudou para Pocket Entertainment, com um e-mail ligado a uma outra empresa chamada Iron Entertainment. O TikTok, que conta com mais de 1 milhão de seguidores, também passou por mudanças semelhantes, embora continue postando conteúdos musicais.

| Instagram

| TikTok
Reações da Fandom: A Dor de um Despedida Sem Palco
Para quem vive a cultura otaku e idol, a despedida de um grupo é um momento carregado de emoção, muitas vezes celebrado com shows, mensagens e eventos especiais. A ausência desse ritual para a TRI.BE deixou a comunidade em choque e tristeza, como mostram os tweets abaixo:
I hate that they didn’t even get a proper disbandment and now everything is just being erased. They worked so hard and are so talented and made such great music, they really deserved so much better https://t.co/kRFBvHkeh2
— fishy (@spr1ngf3ver)
7, 2025
deleting everything like I haven't followed tribe since debut. what the fuck am I going to look back on?? https://t.co/F9eR9RngvO
— ♡🦋 ࣪𖤐 (@kaidater)
7, 2025
I'm SICK 😫 my fav nugus didn't even get a proper disbandment https://t.co/nC9xX4mbqF
— dani (@revenctzen)
7, 2025
Essa sensação de vazio e injustiça é algo que muitos fãs de idols japoneses e coreanos conhecem bem. Afinal, a relação entre fãs e artistas é construída com tanto carinho e dedicação que um adeus silencioso parece quase um abandono.
O Que o Futuro Reserva para os Membros da TRI.BE?
Apesar do cenário nebuloso, a esperança permanece viva. Os membros da TRI.BE são jovens talentos com potencial para brilhar em outras jornadas, seja em carreiras solo, atuação, ou até mesmo em novos grupos. A cultura idol japonesa e coreana está cheia de exemplos de artistas que se reinventaram após o fim de seus grupos, mostrando que o fim de uma era pode ser o começo de outra.
Enquanto isso, a comunidade otaku e k-popzera segue atenta, torcendo para que essa história ainda tenha capítulos surpreendentes e emocionantes pela frente.
Contextualizando o Silêncio: Como Outros Grupos Enfrentaram Fins Sem Alarde
O caso da TRI.BE não é isolado no universo dos idols. Nos últimos anos, vimos outros grupos que também passaram por encerramentos discretos, muitas vezes sem anúncios oficiais ou despedidas públicas. Isso pode estar ligado a questões contratuais, estratégias de agências ou até mesmo a um desgaste financeiro que impede celebrações grandiosas.
Por exemplo, o grupo japonês GEM encerrou suas atividades em 2018 com um comunicado simples e poucas aparições finais, deixando fãs órfãos de um adeus mais caloroso. Já o grupo sul-coreano PRISTIN teve um fim abrupto em 2019, com a agência cancelando atividades e os membros seguindo caminhos separados, sem um evento de despedida oficial.
Esses casos refletem uma tendência preocupante para os fãs: a sensação de que, apesar do carinho e dedicação investidos, os idols podem ser descartados rapidamente, como peças de um jogo de mercado. Isso gera debates intensos dentro das fandoms sobre direitos dos artistas, transparência das agências e o papel das redes sociais como espaço de memória e afeto.
O Papel das Redes Sociais na Construção e Desconstrução da Imagem dos Idols
As redes sociais são uma faca de dois gumes para os idols. Por um lado, elas permitem uma proximidade inédita com os fãs, criando laços que ultrapassam o palco e o estúdio. Por outro, essa exposição constante pode tornar o fim de um grupo ainda mais doloroso, pois apaga rapidamente as evidências da trajetória construída.
No caso da TRI.BE, a exclusão das postagens e o unfollow em massa são gestos simbólicos que chocam justamente por apagarem a história visual do grupo. Para muitos fãs, as redes sociais funcionam como um arquivo afetivo, onde cada foto, vídeo e comentário é uma lembrança viva. Quando isso desaparece, é como se a própria existência do grupo fosse questionada.
Além disso, a mudança do nome da conta para Pocket Entertainment e a ligação com outra empresa levantam hipóteses sobre possíveis negociações internas, transferências de direitos ou até mesmo uma reformulação da marca. Tudo isso, porém, permanece envolto em mistério, aumentando a ansiedade e especulação entre os fãs.
O Que Podemos Aprender com a Cultura Otaku e Idol Sobre Resiliência e Recomeço?
Dentro da cultura otaku, a paixão por personagens, séries e idols é marcada por altos e baixos, despedidas e reencontros. Muitos fãs aprendem a lidar com perdas e mudanças, encontrando força na comunidade e na própria arte que amam. A história da TRI.BE, apesar do silêncio, pode ser vista como mais um capítulo dessa jornada.
Artistas que saem de grupos frequentemente encontram novas formas de expressão, seja em projetos solo, atuação, produção musical ou até mesmo em áreas fora do entretenimento. A resiliência é uma característica valorizada tanto pelos fãs quanto pelos próprios idols, que sabem que o caminho pode ser cheio de desafios, mas também de oportunidades.
Para os fãs, apoiar esses novos passos é uma forma de manter viva a chama da conexão, mesmo quando o grupo original não está mais ativo. É um lembrete de que, no universo idol, o fim de uma fase pode ser o início de outra, cheia de possibilidades inesperadas.
Fandoms e a Importância da Memória Coletiva
Em tempos digitais, a memória coletiva das fandoms ganha um papel fundamental. Fóruns, fanarts, vídeos de compilação e até mesmo traduções de entrevistas ajudam a preservar a história dos grupos e seus membros. No caso da TRI.BE, iniciativas de fãs para arquivar conteúdos antigos e compartilhar momentos especiais têm sido uma forma de resistência contra o apagamento digital.
Essa prática não é exclusiva da cultura k-pop; no mundo otaku, fãs de animes e mangás também se mobilizam para preservar obras que correm risco de serem esquecidas ou censuradas. A memória coletiva é, portanto, um ato de amor e resistência, que fortalece a comunidade e mantém viva a chama da paixão.
Será que a história da TRI.BE ainda pode ser resgatada e celebrada por meio dessas iniciativas? O tempo dirá, mas o engajamento dos fãs já mostra que o vínculo criado vai muito além das redes sociais oficiais.
Com informações do: Koreaboo