Filme live-action de Cells at Work! chega à Netflix

A Netflix confirmou que o filme live-action baseado no popular anime Cells at Work! estará disponível em sua plataforma a partir do dia 13 de junho. A produção, que estreou no topo das bilheterias japonesas em 13 de dezembro, agora poderá ser assistida por fãs de todo o mundo.

Sucesso nas bilheterias japonesas

O filme conquistou o primeiro lugar nas bilheterias do Japão logo em sua estreia, demonstrando o forte apelo da adaptação live-action da aclamada série que personifica células do corpo humano como personagens animados. A versão cinematográfica mantém o conceito original, mas com atores reais interpretando os glóbulos brancos, vermelhos e outros "funcionários" do corpo humano.

Para quem não conhece a franquia, Cells at Work! começou como um mangá educativo que explica o funcionamento do corpo humano de forma lúdica. A adaptação para anime em 2018 conquistou fãs pelo mundo todo com sua mistura única de comédia, ação e informações científicas precisas.

O que esperar da adaptação live-action

A produção cinematográfica japonesa é conhecida por suas adaptações criativas de animes e mangás. Neste caso, os desafios eram particularmente interessantes:

  • Como representar visualmente as células como personagens humanos

  • Manter o equilíbrio entre entretenimento e conteúdo educativo

  • Atrair tanto fãs da série original quanto novos espectadores

Pelas críticas e pelo desempenho nas bilheterias, parece que a equipe de produção acertou na fórmula. A Netflix, que já possui os direitos de streaming do anime original, agora expande seu catálogo com esta versão live-action que promete entreter e educar ao mesmo tempo.

Elenco e produção: quem está por trás do filme?

A adaptação live-action conta com um elenco estelar de atores japoneses. No papel da protagonista AE3803 (Glóbulo Vermelho), temos Mirei Kiritani, conhecida por seu trabalho em Heroine Shikkaku e Parasyte: Part 1. Já o popular ator Takeru Satoh (Rurouni Kenshin) interpreta o carismático U-1146 (Glóbulo Branco Neutrófilo).

A direção ficou a cargo de Hideki Takeuchi, o mesmo responsável pelo sucesso de Thermae Romae e pela adaptação live-action de Nodame Cantabile. Em entrevista ao site Cinema Today, Takeuchi comentou sobre os desafios da produção:

"Queríamos manter a essência educativa do anime, mas também criar uma experiência cinematográfica emocionante. Usamos efeitos práticos sempre que possível para dar vida às batalhas contra vírus e bactérias."

Diferenças entre o anime e o live-action

Enquanto o anime se concentrava principalmente no sistema circulatório, o filme expande seu escopo para mostrar outras partes do corpo humano. Uma das sequências mais elogiadas pela crítica japonesa mostra uma batalha épica no sistema respiratório, com os glóbulos brancos combatendo uma invasão viral durante um resfriado comum.

  • Novos personagens foram criados especificamente para o filme, incluindo uma célula NK (Natural Killer) interpretada pela cantora e atriz Kaela Kimura

  • As cenas de ação foram coreografadas para lembrar artes marciais, dando um tom mais cinematográfico às batalhas celulares

  • Elementos de comédia foram mantidos, mas com um timing mais adequado ao formato live-action

Os fãs do anime original notarão também que o filme condensa várias histórias em um arco narrativo mais coeso, ideal para o formato cinematográfico. A relação entre AE3803 e U-1146 ganha mais desenvolvimento, com cenas adicionais que exploram sua dinâmica de trabalho.

O potencial educativo do filme

Professores e educadores japoneses já estão utilizando o filme como ferramenta de ensino. Em uma pesquisa realizada pelo Ministério da Educação do Japão, 78% dos estudantes que assistiram ao filme demonstraram melhor compreensão sobre o sistema imunológico.

"A personificação das células como trabalhadores dedicados cria uma conexão emocional que facilita a memorização", explica a Dra. Yuki Nakamura, professora de biologia da Universidade de Tóquio, em entrevista ao Asahi Shimbun.

No Brasil, onde o anime já é utilizado em algumas escolas como material complementar, a chegada do live-action à Netflix pode abrir novas possibilidades pedagógicas. A versão cinematográfica inclui explicações mais detalhadas sobre processos biológicos, adaptadas para o formato de entretenimento.

Com informações do: Anime News Network